*Súcia de criminosos que a história julgará*
*Súcia de criminosos
que a história julgará*
CTA
SALIMO ABDULA,
ROGÉRIO MANUEL E SEUS APANIGUADOS
Miguel Paulo
articulista do Público brindou esta semana a sociedade civil moçambicana e a
comunidade empresarial, já há bastante tempo agastada com a permanência na
direcção da CTA daqueles malfeitores, um artigo nos termos do qual Rogério
Manuel representava uma dinastia, mais elencou pontos que no seu entender
representam passos marcantes de um alegado prelado glorioso.
O artigo em
referência representa um ponto de vista de certo modo entorpecido e pejado de
incongruências que não ajudam a pretensão do autor que neste caso pretende
branquear a história, transformando o vilão Rogério Manuel num santo.
Rogério Manuel
nunca liderou nenhuma dinastia como o autor pretende mas sim pertence ao braço
armado de uma “gang” liderada por Salimo Abdula. Os adjetivos que são
atribuídos aos membros desse grupo não são obras do mero acaso, até se pode
dizer que os membros desta organização satânica foram tratados de forma
eufémica senão vejamos:
Vamos avivar a
memória dos leitores no que se refere a génese da CTA e os objectivos
entretanto preconizados pela agremiação.
No ano de 1996
com a abertura do país a economia do mercado em contraposição a uma economia
centralizada capitaneada pelo Estado, o sector privado foi eleito como motor de
desenvolvimento da economia. Este facto mereceu até dignidade constitucional e,
para tanto, era preciso criar uma agremiação que servisse de interlocutor do
sector privado com o governo para a criação de um quadro legal que favorecesse
o investimento privado, nacional e estrangeiro e criação de um bom ambiente de
negócios.
Foi nesta base
que se criou a Comissão de Trabalho das Associações (CTA) sabiamente liderada
por Mário Ussene até a formalização que foi presidida pelo senhor Egas
Mussanhane. Para não matar a história e a dedicação dos integrantes desta
comissão que primou pela dedicação, lisura e comprometimento no lançamento das bases
do papel do sector privado no novo modelo económico que o pais tinha optado,
adoptaram formalmente o nome de Confederação das Associações Económicas de
Moçambique mas com a designação CTA em homenagem ao empenho e ao trabalho feito
por estes homens. Até aqui havia um único interesse que era ajudar o Estado a
sair das amaras do comunismo, da burocracia estatal e estes homens trabalharam
desinteressadamente para um fim altruísta que serve a todos nós, como povo e
como nação, pelo que, desde já e aqui, aproveitamos para homenageá-los pelos
seus feitos, o nosso muito obrigado, irmãos!
Volvidos dois
mandatos de Egas Mussanhane, o país começava a registar sinais inequívocos de
recuperação económica, com empresas de referência a assediar o mercado e a
realizar investimentos, graças ao trabalho abnegado do grupo que cimentou a
CTA.
A visibilidade
que a organização já granjeara tornou-a muito apetecível a alguns grupos de
interesse que ascendiam a “um lugar ao sol“. A saída de Egas Mussanhane abriu
espaço a um desses grupos liderado por Salimo Abdula, e foi assim que este
lançou a sua candidatura, obviamente uma candidatura milimetricamente planejada
com uma agenda clara urdida na calada da noite pelos seus patrões.
Não há nenhum
moçambicano que não conhece o patrão do Salimo, desde o seu escritório no
cruzamento das avenidas Samora Machel e 25 de Setembro, donde saiam as ordens
para com os métodos já sobejamente conhecidos saquear a EDM e outras empresas públicas,
para hoje ele apresentar-se ao público como um milionário, influente, petulante
e tributário de uma riqueza franciscana que se ombreia nos corredores da fama
com os mais reputados industriais de África.
A ida de Salimo
para a CTA tinha em vista um objectivo muito mais claro na venda das
oportunidades do país no exterior, angariação das oportunidades de negócio não
para os associados mas para o grupo de interesse como aliás aconteceu, e na sua
exposição pública ao mundo nas viagens com o Chefe de Estado como homem de
contacto.
No processo
desta sua candidatura ao primeiro mandato, enfrentou uma outra candidatura do
Eng.º. Carlos Simbine, que apresentava na altura melhor perfil para liderar a
agremiação face ao seu porte público e a sua ligação umbilical com o sector
industrial. Salimo infiltrou-se na Associação Comercial e engendrou uma fraude
aquela que fez escola na candidatura do seu sucessor Rogério Manuel e que ontem
foi tentada mas frustrada pelo Tribunal na actual candidatura de Vuma que é,
neste caso, a historieta do candidato único.
Na disputa entre
Carlos Simbine e Salimo Abdula, a baixaria e os expedientes sujos usados pelo
grupo de interesse que suportou a candidatura de Salimo por razões
inconfessáveis, ditou que Eng.º. Carlos Simbine, impoluto que é, não quis
prestar-se a baixaria pois disso nao tinha vantagens a ganhar e nem fazia parte
da sua educação, permitindo assim, que Salimo Abdula concorresse sozinho sob os
auspícios dos seus patrões.
Assaltou o poder
e, a partir daí, começou a trabalhar para o grupo, vendia as oportunidades do
país no exterior ganhando comissões, participações em empresas, ele e os seus
comparsas viajavam com o Presidente da República e com uma pose no exterior
para mostrar “quem quiser falar com o Presidente fala
Comigo”. Com
esta sua pose, brilhou no mercado português sendo citado em todos os circuitos empresárias
como o homem de confiança de Guebuza.
Este senhor fez
e desfez, pontapeava a porta da Presidência da República, entrava desde a
cozinha à varanda, embaraçava a segurança do Estado, dava ordem a ministros,
directores e PCA’s de empresas públicas.
O ministro, o
Director ou o PCA que ousasse incumprir os seus pedidos era defenestrado e\ou
vilipendiado em público.
A saga assassina
deste grupo liderado pelo Salimo Abdula descapitalizou por completo a Eletricidade
de Moçambique (EDM) e, em contrapartida, ele e o seu patrão enriqueceram como
estão hoje. A EDM tentou vários planos de restruturação mas o dano causado por
este senhor e seus patrões não permite que ela recupere. Hoje, nem o mais sábio
Director da EDM não consegue gizar solução para permitir que a EDM saia deste
buraco.
Durante o seu
prelado recebia mais de dois milhões de dólares por ano que espatifava em
viagens com os seus amigos para angariar negócios para o grupo e não para a
agremiação, com orgias a mistura com algumas meninas de saia justa. Mais
conseguiu, graças a ligações promíscuas que mantinha com o então Chefe do
Estado empobrecido e com o dinheiro dos contribuintes, fornecesse para as suas
viagens com os seus amigos e meninas, o valor de cerca de três milhões de
dólares por ano. Estes valores eram gastos levianamente e nunca foram sujeitos
a auditoria nem da Inspeção Geral das Finanças apesar de serem dinheiros
provenientes do Orçamento do Estado, graças a sua intocabilidade e por recearem
ser desmascarados.
Repare que este
dinheiro nunca foi inscrito nas contas públicas, não é sujeito a fiscalização
prévia do tribunal administrativo, nunca foi sujeito a fiscalização prévia e
autorização do parlamento. Era um valor que era dado ao menino de olhos azuis e
brilhante como soi dizer-se, o senhor hoje “Doutor” Salimo Abdula cuja
universidade onde se graduou e o curso que frequentou é simplesmente um enigma.
Estes valores
nao chegavam para saciar o umbigo e as despesas do grupo no seu prelado, e, por
isso, vendeu a FACIM de forma diabólica com um secretismo que lhes permitiu
ficar no seu bolso com milhões de dólares. Entretanto fingiram deixar algum dinheiro
para a CTA criando uma empresa chamada CTA Participações que lhes possibilita
fazer negócios pessoais na área do gás, petróleo e outros investimentos
estratégicos. Os fundos percebidos via esses investimentos são delapidados sem
nenhuma prestação de contas públicas, sabendo-se que esta envolvido o dinheiro
do Estado.
Adquiriram com o
dinheiro da venda da FACIM um imóvel onde funciona a sede cujo conteúdo do
contrato não pode ser revelado por causa da promiscuidade na compra e nas
comissões. Sabe-se que as comissões foram quinhentos mil dólares por fonte
segura e que pode provar.
Ainda na venda
da FACIM por haver uma proposta favorável superior ao comprador para
adjudicarem ao que pagava menor preço, houve contrapartida das Flats no
Millennium Park mais algumas flats que foram recebidas a título individual pelo
Salimo e Rogério Manuel.
Na reforma do
processo de desembaraço aduaneiro, a CTA foi chamada a liderar. Salimo Abdula
aproveitou a ocasião para montar a Janela Única Electrónica (JUE) ao arrepio
das mais elementares regras para concursos públicos, portanto, não obedeceu a
nenhum concurso público, congregou no grupo que sempre o suportou, cristalizado
na ESCOPIL e assenhoraram-se da JUE tendo ficado o Estado com 20%, CTA 20% e a
ESCOPIL onde estão ajoujados as sanguessugas do Estado com 60%.
Por outras
palavras, quando uma empresa importa arroz ou farinha para o nosso consumo
domestico, para além do valor dos direitos aduaneiros, são-lhe cobradas taxas
da JUE na ordem 0.85% do valor FOB, calculado em dólares. Supondo que o
contentor tenha custado 100.000 USD (Cem Mil Dólares), serão 850 USD
(Oitocentos e Cinquenta Dólares) ou seja cerca de 55.000,00 Mt (Cinquenta e
Cinco Mil Meticais), que são distribuídos pelo grupo. Isto em cada contentor importado
e depois esse valor é imputado no preço que pagamos em cada quilograma que
consumimos com as nossas famílias. E o grupo vai sugando o nosso sangue de
forma descarada e impune ao longo de vários anos!
Esta engenhoca,
com requintes de malvadez engendrada a titulo individual pelo senhor Salimo
Abdula prejudica sobremaneira o Estado quer estimulando o contrabando, quer
subfacturando os valores realmente pagos na compra para poupar nos direitos
aduaneiros, não conseguindo desta forma pagar salários condignos aos
funcionários, proporcionar uma rede de estradas, hospitais, importação de
medicamentos, saneamento básico, água potável entre outros serviços públicos.
Esta engenhoca
parece simples mas tem uma repercussão grave a curto e longo prazo na actividade
do deliver do Estado aos seus cidadãos. Crimes como estes, nunca
responsabilizados jamais se apagarão na memória do povo. Mas quem pensa que
Salimo só mama nas ESCOPIL, engana-se, porque também mama na CTA Participações
onde são recebidos os 20% iguais ao que o Estado usa para o pagamento de
salários e outros serviços públicos.
É por isso, que
Salimo no final do seu prelado já que não podia concorrer pulou para a
presidência da Mesa da Assembleia Geral, onde de lá deixou o iletrado e boçal
Rogério Manuel, como uma autêntica marioneta a cumprir os seus comandos como um
autentico vídeo game já que, como se sabe, não tem mente estruturada para uma
engenharia financeira desta jaez. Salimo enquanto. Perdurar a concessão da JUE
de 15 anos não desgrudará da CTA para controlar, gerir e não turbar a luxúria e
o encanto que os dinheiros roubados ao povo moçambicano proporcionam a ele e
seus patrões.
Rogério Manuel,
não ganhou tanto como ganhou Salimo, mas mostrou ousadia, descaramento e
atrevimento na abordagem ao grupo chegando algumas vezes a sair fora do
controle dada a sua proveniência, história ligada a uma infância de carência,
adolescência e idade adulta pejada de crimes de sangue e roubo de viaturas e
seus assessórios.
Assim, podemos
dizer que a real dinastia é aquela que é liderada pelo Salimo Abdula, tendo
recrutado Rogério Manuel e agora Vuma. Os métodos de ascensão, a liderança são
exactamente os mesmos usados por Salimo como seja expedientes baixos e fraude
para ser candidato único e esta engenhoca de candidato único “ fez escola”.
É totalmente
despido de qualquer fundamento a ideia que é-nos inculcada por este articulista
falando de um alegado fim da dinastia de Rogério Manuel, qual dinastia qual
quê? A dinastia que vigora e que certamente continuará é aquela que é
capitaneada pelo senhor Salimo Abdula que aparentemente esta envolvido nas duas
candidaturas mas que o objectivo único é tão-somente, colher influência de
ambas as partes com maior tendência á parte de Agostinho Vuma pela facilidade
de manipulação devido a sua apetência a dinheiro fácil. É preciso notar que
Rogério Manuel e Agostinho tem laços familiares de primeiro grau em virtude de
os seus progenitores serem irmãos. A substituição de Rogério Manuel por
Agostinho Vuma é uma mera substituição de membros da mesma família de sangue.
Relativamente a
Quessanias Matsombe há relutância por parte do grupo a quem representa Salimo
de aceitar a candidatura por compreender que a base que suporta a candidatura
de Matsombe é alérgica a bandidos despudorados, ladrões e outro tipo de criminosos,
enquanto os que apoiam Vuma tem o íman que os liga ao crime.
Como tudo ficou
explanado anteriormente no que toca a existência ou não da dinastia importa
aqui agora em jeito de avaliação do desempenho de Rogério Manuel que no nosso
modesto entender foi um mandato inglório, pejado de tropelias e escândalos que
beliscaram sobremaneira a imagem da agremiação.
Era suposto que
nesta hora da prestação de contas que fosse colocado a disposição da sociedade
civil e da comunidade empresarial, já que há fundos públicos envolvidos, o
seguinte:
Quanto é que
arrecadaram dos valores provenientes da JUE?
Quanto é que
arrecadaram através da CTA participações?
Quanto é que
arrecadaram do arrendamento do património da CTA?
Quanto é que
receberam das dotações do Estado?
Quanto é que
receberam dos financiadores e parceiros internacionais?
Em que rubricas
foram aplicados os valores e como é que foram aplicados os valores?
Quantos
autocarros foram recebidos e qual foi o critério usado para a distribuição dos
autocarros adquiridos por via do Fundo de Transportes?
Qual é o impacto
efectivo dos valores gastos no Fundo dos Transportes e seu reflexo no
desanuviamento da situação dos transportes? O cenário melhorou ou agravou-se?
Qual é o
resultado efectivo para as diversas associações das viagens feitas versus
valores gastos?
O que é que se
conseguiu da parceria com o Brasil no âmbito do sector da agricultura?
Como é que foi
distribuído o gado conseguido graças a cooperação com o Brasil?
Como foi
distribuído o gado, equipamento agrícola e tractores da FDA?
Comparar os
benefícios conseguidos a título individual, através da CTA pelo senhor Rogério
Manuel comparado com todos os agricultores de qualquer província do país?
Comparar o
empréstimo conseguido pelo senhor Rogério Manuel, alegadamente para a produção
de tomate na ordem três milhões de dólares com um empréstimo concedido no mesmo
período aos agricultores da província de Maputo.
Qual foi o
impacto dos escândalos da oferenda de um Merces Benz, sem pagar imposições
aduaneiras, ao Presidente Guebuza, no que concerne a imagem da CTA, quando se
sabe que nessa altura o povo e as crianças pagavam imposto sobre o trigo e o
leite?
Qual é o impacto
da fraude protagonizada pelo presidente da CTA Rogério Manuel nos sete milhões
de dólares do INSS?
Era suposto que
na hora de saída para avaliarmos a sua governação na CTA para aferirmos se
valerá a pena dar continuidade a este estado de coisas ou optarmos por outra
saída?
A resposta as
perguntas anteriores seriam importantes para fazer uma escolha entre Vuma e
Quessanias uma vez que o Vuma pretende consolidar essas tropelias enquanto
Quessanias quer virar a página e construir uma CTA a moda dos fundadores.
Poderíamos falar
aqui do Conselho Empresarial Provincial (CEP’s) que foram nalgum momento
criados na falsa ideia de que estariam a democratizar a organização alargando
até a província e das províncias para os distritos através da criação dos
Conselhos Empresariais Distritais (CED’s).
Esta organização
foi apenas para o inglês ver uma vez que quer a criação dos CEP’s e dos CED’s
foram ambos órgãos esvaziados no conteúdo saciando a capacidade eleitoral
destes órgãos de base.
Seria no mínimo
justo e coerente que os Presidentes dos CED’s constituíssem os CEP’s e os
presidentes dos CEP’s elegessem o presidente do Conselho Directivo da CTA.
Podemos por
assim dizer e de boca cheia que este reinado de Rogério Manuel foi inglório,
pejado de escândalos graves e roubos no seio da agremiação que Vuma agora que
consolidar e perpetuar, como quem diz “eu também quero ser Rogério, meu primo “!
Tudo quanto
aconteceu no reinado inglório de Rogério Manuel só pode estranhar e admirar
quem não o conhece mas para quem o conhece o jovem que nasceu em Nwa Ndzwana –
Motaze, aos 12 anos notabilizou-se por ser inadaptável a disciplina da família,
traduzido em pequenos furtos na zona e zaragatas entre adolescentes da sua
idade foi forçado a ter que fugir para a vizinha África do Sul.
A primeira
tentativa de “saltar o arame“ trouxe-lhe recordações dolorosas tendo-lhe
deixado sequelas na perna o que fez com que adiasse a sua partida tendo-se
submetido a intensos curativos por ter sido alvejado a bala quando tentava
violar a fronteira.
Pela segunda vez
conseguiu lograr os seus intentos, uma vez que a sua permanência na zona era
insustentável, face aos queixumes da vizinhança em virtude de pequenos furtos.
Já na África do Sul consagrou-se como bandido assaltando armazéns nos
arrabaldes do aeroporto Jan Smuts hoje Oliver Tambo na zona conhecida por
Kempton Park.
Fez-se homem
neste no submundo e começou a sua presença na África do Sul a tornar-se
insustentável por causa de muitos mandados de prisão emitidos pelas entidades
judiciárias sul-africanas, por roubo de viaturas e mini bus para transporte de
passageiros.
Foi na posse de
muitas destas viaturas que regressaria ao país e enquadrou-se no negócio que
facilmente era ajustável a sua mente por falta de regras que é um autentico
capitalismo selvagem, onde para motoristas e cobradores escolhiam-se os homens
da pior gesta, boçais, bandidos que maltratam senhoras empurrando-as e chegando
a pegar as partes íntimas e pudibundas. Em suma Rogério Manuel, estava na sua
praia!
Já em Moçambique
num clima de total impunidade e para ser famoso, decorou as suas mini bus no
vidro traseiro com uma imagem de dois coelhinhos
Cruzando e com
um escrito explicativo em changana “Mpompa M’pfanhana“, o que quer dizer
“bombeia, rapaz !”
Em Moçambique
não parou de fazer crimes, continuou roubando trocando motores e acessórios de
viaturas e conseguiu atingir um número de 100 mini buses. Foi com base nesse
feito que admirado pelos seus comparsas foi erigido a presidente da Federação
dos transportadores (FEMATRO), lugar que o trouxe as mãos do senhor Salimo
Abdula na CTA.
Coincidiu numa
fase que a crise dos transportes esteve ao rubro com mistura de um ministro
ladrão, feito a moda Guebuza, brilhou na chantagem ao governo e, para estreitar
relações, o governo começou a fazer pequenas concessões aos homens dos Chapas,
temendo greves.
Salimo Abdula na
altura presidente admirou a coragem típica de um bandido, aliada a ignorância e
requintes de malvadez, fez dele a escolha acertada para a sua sucessão, uma vez
que era uma autêntica buldózer e gostava de dinheiro e com predisposição para
tudo fazer para se manter ao lado de Salimo, homem que no entender dele tinha
charme donde Rogério queria se juntar.
Dito e feito, na
hora de bater com a porta Salimo instrui Rogério para fazer a mesma formula que
fez com o Eng.º. Carlos Simbine, golpes baixo e fraude, ficou candidato, único,
Rogério Manuel, era o novo presidente do Conselho Directivo e Salimo
pontificava na Mesa da Assembleia Geral.
Daqui o que se
assistiu, é tudo quanto dissemos anteriormente, só que não devemos deixar de
dizer que Rogério Manuel, não perturbou no seu prelado os patrões do Salimo
Abdula nem tão pouco tentou gizar um plano de alterar as engenharias
financeiras ali existentes, foi-lhe dado sempre a comer por Salimo com mistura
de chantagem ao ministro da agricultura onde tirou muito dinheiro e máquinas
agrícolas incluindo tractores e gado vindo do Brasil.
Ameaçava
igualmente na concertação social o que criou-lhe certas facilidades de
proximidade ao INSS onde defraudou sete milhões de dólares. É exactamente isto
que Agostinho Vuma pretende consolidar e fazer destas tropelias seu programa e
modo de estar. Repare que Vuma vai içar Rogério Manuel para a posição de Salimo
e Salimo permanecerá nos órgãos por interposta pessoa num sector nevrálgico,
por forma a policiar estes dois bandidos. É desta forma que funciona a
organização.
Agostinho Vuma,
o auto-apelidado “jovem do Tangará” que da dependência do finado Mafundza,
aprendeu trafulhices do patrão e, com a morte deste, fundou a Vuma Construções.
A Vuma
Construções foi pura e simplesmente abandonada pelo seu dono em virtude de ter
burlas a empresas públicas, Federação Moçambicana de Futebol entre outras
entidades principalmente na província de Gaza.
Na posição de
Vice-presidente da CTA a única oportunidade que lhe deram para gerir um
dinheiro financiado pela BFZ baseada no Zimbabwe que visava a instalação de um
centro de negócios no Millennium Park, criou uma empresa fictícia, em tanto que
burlador por tendência ameaçou e forçou o então Director Executivo, Eduardo
Macuacua a pagar as supostas obras pela totalidade e fez sumir o dinheiro até
hoje. A CTA face a este calote foi obrigada a repor o valor ao financiador e
não tiveram forças para exigir-lhe a realização da obra, restituir ou pagar o
valor.
Vuma não tem
idoneidade para nada nem para ser chefe de família, é uma figura bizarra que,
para construir a sua própria casa, roubou do seu vizinho Jacinto Mutemba
material de construção principalmente blocos.
Poderíamos dizer
muito mais acerca deste grupo. A título de fecho, consta que Salimo Abdula, a
mando de Guebuza, trabalhou nos corredores da CPLP através da CTA, para a
admissão e ingresso da Guiné Equatorial na organização, uma vez que Guebuza não
o podia fazer pessoalmente por saber que o tema era polémico e não queria ver a
sua imagem associada aos problemas que iriam decorrer da entrada deste país por
problemas relativos aos direitos humanos e a alergia do mesmo com relação as
liberdades individuais e democracia.
Já que em
virtude da sua proximidade do chefe de Estado de então Salimo era conhecido por
todos governantes da CPLP, desdobrou-se, corrompeu vontades e o resto é o que
se viu, Guiné Equatorial de Teodoro Obiang foi admitida no meio de muita
polémica.
Para pagar esses
favores Teodoro Obiang ofereceu participação a “ CTA” e que Salimo camuflou
dentro da organização e mais tarde transmitiu aos seus patrões as suas quotas
com ganhos repartidos entre os intervenientes.
Este crime
interessa a vários actores porque afecta nações comprometidas com os direitos
humanos, numa só palavra, ataca os fundamentos da democracia nos nossos países.
Rogério Manuel
foi capaz de se assenhorar da propriedade da pessoa que lhe amentou, uma vez
que Nwa Vuma sua mãe quando lhe nasceu nao tinha leite materno. A senhora
Emília dos Santos, uma anciã com mais de 85 anos de idade, que impediu a sua
morte em tenra idade por subnutrição, uma vez que a sua mãe não tinha leite e
não tinha também condições para lhe comprar leite pasteurizado lá nos confins
de Nwa Ndzwana, arredores de Motaze. A senhora
Emília dos
Santos de forma altruísta aleitou-o, o hoje petulante Rogério Manuel até a
dentição que lhe permitiu deglutir mandioca e outros tubérculos.
Disputou a terra
desta senhora onde ia mamar chegando a levar a senhora com mais de 80 anos de
idade ao tribunal onde viria a perder em sentença judicial do Tribunal de
Motaze, provada a fraude que o Rogério cometeu.
Não falaríamos
aqui do episódio da compra de aviões nem do seu famoso helicóptero para não
sermos fastidiosos mas vamos apenas dizer que a justiça sul-africana procura um
tal Coronel Mlhongo que pela caracterização tem as mesmas características que
as dele com a particularidade de que uma unidade de inteligência da polícia
sul-africana acompanhou, filmou o helicóptero deste a ir recolher cornos de
rinoceronte. O pedido foi impetrado as autoridades moçambicanas por forma a
dar-se seguimento a isto mas tudo foi debalde pela sua intocabilidade. Mui
recentemente, surgiu uma testemunha na província de Maputo que reconheceu o tal
de coronel Mlhongo numa imagem sua veiculada num dos jornais num esforço vão
que as autoridades tentam levar a cabo.
Para mostrar a
influência da criminalidade deste senhor o ministro Celso Correia na sua luta
titânica contra esta manifestação de crime contra a nossa fauna, para além das
medidas amplamente aplaudidas em Moçambique e países vizinhos, colocou em zonas
de risco um fiscal que é seu olheiro para policiar a actividade dos criminosos
que andam a abater rinocerontes.
Em Magude,
Rogério Manuel investigou, descobriu e saneou o aludido fiscal para continuar a
passear a sua classe. É notório e visível que os três indivíduos conhecidos na
praça que se dedicam a este tipo de actividades (Justice, Como Nos Filmes e
Calisto) são amigos dele e todos têm helicópteros e não podem justificar o
património que ostentam.
Por: Edwin Moz
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