Eleições na Republica Democrática do Congo já é adiadas pela terceira vez.
Eleições na Republica
Democrática do Congo já é adiadas pela terceira vez.
Era suposto que
tivessem ocorrido em 2016, mais devido a problemas logísticos alegados por
Kabila, as eleições foram adiadas para 2017 e, posteriormente, para 2018.
A comissão Eleitoral da República Democrática
do Congo disse aos candidatos presidenciais que a votação marcada para este
domingo não se vai realizar, garantiu um dos candidatos citado por Reuters.
A Comissão
Eleitoral CENI chamou, esta quarta-feira, os candidatos a uma reunião no
Parlamento, após notícias de adiamento de eleições devido a problemas com
material eleitoral.
O candidato
Theodore Ngoy, que esteve na reunião, disse numa mensagem a Reuters que o
presidente CENI Corneille Nangaa declarou que a comissão estava “tecnicamente
incapacitada” para levar a cabo as eleições marcadas para domingo.
Nestas eleições,
deve-se escolher o sucessor do presidente Joseph Kabila, que deve deixar o
cargo após 18 anos no poder. Esta poderá ser a primeira transição democrática
do poder na República Democrática do Congo.
Bem antes destas
declarações, Martin Fayulu, candidato presidencial, disse a Reuters que seria
inaceitável o adiamento do escrutínio.
“O presidente do
CENI disse que haveria tempestade ou raios de sol nas eleições do dia 23 de
Dezembro. Hoje, não podemos aceitar a mudança de posição do sr. Nangaa”, disse
Fayulu.
Os preparativos
para eleições, que já foram várias vezes adiadas desde 2016, foram
interrompidos, depois de um incêndio que, de acordo com a CENI, destruiu 80%
das máquinas de voto.
O partido no
poder acusa a oposição de ter provocado o fogo, alegando que desde início a
oposição mostrou-se contra o uso de máquinas de votação no lugar de boletins de
votos. Por sua vez, a oposição acusa o partido no poder de ter queimado o
armazém para prolongar o tempo de Kabila no poder.
Além da
destruição do material de votação, a campanha eleitoral tem sido marcada por
uma onda de violência, que levou o governador da província de Kinshasa a
suspender a propaganda política para todos os concorrentes.
Na quarta-feira,
a Polícia disparou gás lacrimogéneo para dispersar os partidários da oposição
que atiravam pedras na capital, protestando contra medida.
Essa decisão foi
“totalmente ilegal, não podemos respeitá-la”, disse Fayulu, um dos 21
candidatos. A campanha deveria terminar à meia-noite de sexta-feira.
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